Apenas mais uma barriga flácida, velha e mal
iluminada pela lâmpada amarela do banheiro. Imagem que não cabe no espelho
manchado.
Nem sombra do
garoto brilhante que todos achavam que seria veado... Só lhe sobrou
uma garagem mofada, um banheiro cheirando a virilha e uma renda mixa que teimava
em pingar todos os meses como torneira espanada. O mundo lá fora era a perfeita
cópia do intervalo da novela... Melhor que ficasse sem som mesmo. O tempo passava
e a aranha tecia, as formigas perfilavam-se e o cigarro nem sequer queimava por
inteiro.
E ele
assobiava e ele escrevia e ele gritava... E suas mãos tremiam e o café esfriava
e as baratas sorriam para as sobras das inúmeras madrugadas. E ele rimava e ele
rimava e ele rimava. E ele imitava e ele sorvia e ele errava...
Ah como ele
errava...
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