segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ausência - 15/03/06


Memórias de acontecimentos nunca ocorridos dividem o cinzeiro com cinzas de
cigarros nunca tragados... platéia do meu próprio escândalo pacional exijo de mim o dinheiro de volta.

Sangro lágrimas de cimento por horas a fio, na esperança de erguer paredes incapazes de suportar a verticalidade urbana. Sempre culpado por crimes nunca cometidos... eterno laranja de minhas próprias maquinações.

O charme que gira em torno da solidão se esvai ao badalar da décima primeira
hora. O desespero é artístico em terceira pessoa.


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